domingo, 7 de agosto de 2050

Meu Chamado

Sabe quando todo mundo percebe uma coisa e você não? Ou quando Deus te dá todos os sinais e você não vê? Pois é! Foi assim comigo.

Eu sempre estive rodeada por crianças da minha família. Confesso que no começo não queria ensiná-las nada, somente me preocupava com o bem-estar delas. Dava banho, fazia lanches, colocava para dormir, mas depois quando tinha 15 anos, assim que me converti, fui convidada para participar do ministério infantil de uma igreja. Eu não sabia nada. Simplesmente estava lá e cuidada para que as crianças não atrapalhassem o culto.

Minha sogra Ana, eu e meu sogro Pr. Elias
Anos mais tarde, fui trabalhar em uma escola por quatro anos. E assim as coisas começaram a mudar. Eu percebi que as crianças também tinham seus problemas e precisavam de ajuda. Mas... até então, não achava que era um sinal de Deus. Algum tempo depois direcionada por Deus fui para a Igreja Fonte da Vida e mais uma vez me vi no Ministério com Crianças, agora um pouco mais preparada, porém não tinha certeza ainda se aquele era meu chamado. Eu só queria servir, independente do departamento. Eu queria trabalhar para o Senhor. Em 2013, houve  uma reviravolta em minha vida: casei e tive que me mudar de Brasília para o Rio de Janeiro. Que desafio! De fato as coisas começaram a se encaixar no meu coração, mais uma vez eu me vi participando do ministério infantil. Só que dessa vez, eu era a líder. Teria que implantar o ministério infantil em uma igreja localizada em uma comunidade e lidar com crianças que não sabiam nada sobre Deus. Confesso que até então nem eu sabia muita coisa sobre Deus. (rsrs) Mas, sempre tive o apoio do meu esposo e dos meus sogros. Eles acreditaram em mim e no meu chamado e eu não enxergava isso. Meu sogro e pastor, Elias, de fato me incentivava muito. Ele sempre falava: "Vai em frente, Angélica. Você pode. Deus é contigo! Minha sogra, Ana, era como se fosse o Espírito Santo falando comigo. (rsrs) Ela sempre conseguia encaixar um versículo em tudo. (rsrs). Sinto saudades dessa época.

Meu esposo, Pr. Daniel e eu. Nosso casamento, 2013.

Meu príncipe, Daniel foi e é como uma coluna para mim. Além de sempre me incentivar e acreditar no meu potencial, ele era a minha "equipe", rsrs. Sim, foram muitas noites e madrugadas que passamos preparando aulas, cortando, colando, pintando, imprimindo e imaginando mesmo em meio as suas funções como seminarista na época ainda arrumava tempo para me ajudar. Sem ele, eu não estaria aqui.




Eu, Missionária Nilde e as crianças no terreno em frente a igreja.
O problema era que, além de não saber nada sobre liderança, nós ainda não tínhamos espaço físico, material ou recursos, além de lidarmos com crianças marcadas por histórias angustiantes. Muitas vezes me perguntei: Como meu Deus? Como irei implantar um ministério eficaz? Porém eu sabia que Deus era conosco. E assim, sem recursos nenhum, a escola bíblica continuou em um terreno baldio com um tapete emprestado e alguns lápis de cor.

O tempo foi passando e fomos vendo o agir de Deus com a ajuda de membros, familiares e amigos. As crianças agora tinham seu espaço. Uma sala.





Ainda não era 100%. Precisava de muitas obras, mas não estávamos mais ao relento e a felicidade das crianças era notória. Elas viam a mão de Deus. Foram momentos que jamais esquecerei. Porém, o ensino ainda não era eficaz. Eu não sabia lidar com elas da maneira correta. Como ensinar? O que dizer? Foi então que fui atrás da minha capacitação. E nessa caminhada conheci a tia Isa Sena, hoje uma amiga que me inspira muito e tem um papel fundamental no meu chamado. Ela começou a acender em mim o desejo de realmente de apascentar os pequeninos. Através dela, eu conheci a Associação Pró Evangelização de Crianças (APEC).

Tia Isa, seu esposo, eu e meu esposo
Comecei meus estudos em 2015 na APEC. Lá me senti confrontada. Primeiramente com o tipo de relacionamento que eu tinha com Deus. Lembro-me que em uma das aulas sobre como deve ser um professor de Escola Bíblica, eu olhei para mim mesma e pensei: "Eu não posso evangelizar ninguém. Não tenho requisitos. Aceitei Jesus pelo motivo errado e ainda não tinha uma fé inabalável". E assim as aulas foram seguindo. Eu fui me aproximando cada vez mais de Deus e conhecendo sua vontade. Sei que ainda não sou o que eu deveria ser. Ainda preciso aprender muita coisa sobre o Pai, mas agradeço por não ser o que antes era. Hoje eu sei quem eu sou e que Deus me ama.

O Pr. Joelson e a Missionária Renata, dois mentores abençoados e vocacionados por Deus com um chamado lindo com crianças, foram bênção em minha vida. As aulas deles me faziam pensar a semana toda, me levavam a chorar e me questionar. Creio que eles foram instrumentos de Deus para acender uma chama em meu coração. Eu já não conseguia ficar nenhum minuto sem pensar em crianças, como alcançá-las e apresentá-las a Jesus.

Pr. Joelson, missionária Renata e seu filho Mateus
Foi ali em uma das aulas que Deus falou comigo. Esse era o meu chamado. Era o que me definia. Evangelizar crianças. Durante essa capacitação, as coisas também foram mudando no meu ministério na igreja. As crianças, agora, começavam a conhecer Deus. Hoje, todas elas são salvas (confessaram Jesus como seu Salvador) e isso me enche de gratidão a Deus. Daí em diante, a minha vida tem sido mudada pelo agir de Deus em meu ministério.

Em 2016, voltei para Brasília, mas vim com o sentimento de dever cumprido com os pequeninos do RJ. Sei que a fé deles está firmada em Deus. Foram momentos muito felizes, entre ministrações, congressos, festas, aconselhamentos que marcaram minha vida.

Eu, Nilde e as crianças. Junho, 2013.

I Congresso de Crianças. Outubro, 2013.

II Congresso de Crianças. Outubro, 2014.

III Congresso de Crianças. Outubro, 2015.
Essa é a história do meu chamado. O início de tudo. Acompanhe neste blog, minha trajetória e novos desafios. Queremos encorajar você para impactar crianças com o evangelho de Jesus. Lembrando: Não pare diante dos desafios ou pela falta de preparo, apenas diga sim para Deus e ele te capacitará. Pois a obra é dele.

Bjs da tia Angel.